segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Nunca experimente o crack. Ele causa dependência e mata.

O Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Alerta e Prevenção do Uso de Crack, iniciativa inédita para prevenir o consumo da droga. Com o slogan Nunca experimente o crack. Ele causa dependência e mata, a campanha está nas principais emissoras de televisão e rádio do país, na internet, em jornais, revistas, nos cinemas e nas ruas.

O objetivo é ajudar na prevenção ao consumo, colocar o tema em debate e chamar a atenção para os riscos e consequências da droga.

COMPOSIÇÃO E EFEITOS

O crack é uma droga feita a partir da mistura das sobras do refino da cocaína misturada com outras substâncias, como amônia e bicarbonato de sódio. A droga é geralmente fumada com um cachimbo, lata ou misturado com maconha. Quando utilizada por meio de uma lata de refrigerante, o usuário inala, além do vapor da droga, o alumínio que se desprende com facilidade da lata aquecida. O metal se espalha pela corrente sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos pulmões, rins e ossos.
Em menos de 10 segundos os efeitos da droga já podem ser sentidos, como euforia, hiperatividade, mas mesmo assim isso não alivia a sensação de cansaço físico do usuário. Se consumido em grandes quantidades, a pessoa pode se sentir agitada e hiperativa e depois que os efeitos diminuem, pode ocorrer episódios de depressão.
O crack interfere com um neurotransmissor químico do cérebro chamado de dopamina, envolvido nas respostas do corpo ao prazer. A liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, o que leva ao aumento da presença de adrenalina no organismo. A consequência é o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Problemas cardiovasculares, como infarto, podem ocorrer.
Ao mesmo tempo o uso da droga provoca lesões no cérebro, causando perda de função de neurônios. Isso resulta em deficiências de memória e de concentração (e por conseqüência em altos índices de abandono escolar), oscilações de humor, baixo limite para frustração e dificuldade em manter relacionamentos afetivos. O tratamento permite reverter parte desses danos cerebrais, entretanto muitas vezes o quadro é irreversível.

TRAJETÓRIA DA DROGA

O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980. O primeiro relato de uso no Brasil data de 1989. Desde então, o consumo da substância vem crescendo, principalmente nos últimos cinco anos. A situação de vulnerabilidade social de muitos jovens e pessoas em situação de rua, entre outras situações, também contribui para a disseminação da droga. Entretanto, hoje em dia, a droga afeta as mais variadas classes sociais, desde as mais abastadas até o limite da pobreza.
Os dados mais recentes sobre o consumo do crack no país estão disponíveis por meio do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID). Segundo uma pesquisa do orgão, 0,1% da população brasileira consome a droga. Grande parte dos usuários de crack relata início do uso da substância entre 13 e 26 anos.

Mais informações:

Disque Saúde: 0800 61 1997
Para informações sobre o crack e orientações para tratamento dos usuários na rede do SUS.

http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=10953

http://www.nuncaexperimenteocrack.com.br/

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