domingo, 31 de janeiro de 2010

Os novos aposentados do Brasil

Médico de 71 anos se aventura no salto de número 3.629

O tempo passa mesmo voando e meio século depois aí está o doutor Luiz Schirmer. Ele tem jornada de trabalho de dez horas por dia e não deixou que o tempo levasse uma das suas maiores paixões: é hoje um dos mais idosos paraquedistas em atividade no Brasil.

“É uma emoção maravilhosa. Cheguei aonde eu prometi: aos 71 anos, me recusando à aposentadoria!”

“Eu acho que as coisas que eu posso fazer de beneficio, todas elas retornam para mim, para a minha família, para os meus amigos. Eu vivo feliz, eu vivo com intensidade!”, explica o médico.

“Da velhice, eu não posso te falar, porque eu não me sinto velho. Eu vivo hoje, intensamente e aproveito cada dia, procuro fazer o máximo que eu posso a cada dia. Ninguém deveria deixar o tempo passar. O tempo é precioso. Muito precioso,” ensina o doutor Luiz Schirmer.


Centenários realizam sonho de aprender a ler e escrever

Maria Enedina da Silva vai fazer 101 anos!

Na pequena casa de madeira, ela tem o dia cheio com as tarefas domésticas. Do fogão à lenha sai a comida da família toda, inclusive a dos bisnetos.

Para ela, o segredo para chegar a essa idade com disposição: “É trabalhar meu irmão. Trabalhando e economizando a vida para ter saúde e a vida ser mais comprida."

Ela já está quase pronta para sair de uma dolorosa estatística: 32% dos idosos brasileiros com mais de 60 anos não sabem ler nem escrever, de acordo com o IBGE.

Ela sempre vai e volta andando da escola. São dois quilômetros. E não perde nem um dia de aula, nunca faltou. Ela é uma das alunas mais dedicadas. Só tem uma queixa: a catarata está atrapalhando a escrita: "Se eu tivesse a vista melhor eu fazia a letra mais bonita."

"Eu estou aprendendo a ler e a escrever para não pedir mais às pessoas: ‘Escreva uma carta para mim, escreva meu nome aqui’, ou outra hora botando o dedo. Isso com fé em Deus está acabando. Já estou fazendo meu nome eu mesma", se alegra Enedina.

"Eu era velha. Agora estou sendo criança, porque estou aprendendo".


Ubaldo Dias de Oliveira vai fazer 107 anos. Sabe o que ele quer de presente de aniversário? Outra identidade, mas sem o carimbo de não alfabetizado.

O nome, ele já aprendeu a escrever. Lucidez e concentração são parceiras antigas, da vida toda. "Eu estando escrevendo, não estou pensando em nada ruim. Quando estou fazendo, o sentido está ali”, conta Ubaldo.

Aposentado como trabalhador rural, ele nunca se deu muito luxo, mas agora que começou a conhecer as letras, Ubaldo ganhou confiança para alimentar um grande sonho: mandar uma carta para o filho que mora em São Paulo. Já sabe até o que vai escrever. “Eu acho que meu filho vai ficar alegre, e vem bater aqui, vem ser se é verdade", acredita Ubaldo.

Fonte: http://g1.globo.com/globoreporter/0,,16614,00.html


Futuridade incentiva ações em prol do idoso

Dados do IBGE dão conta de que 11% dos paulistas têm mais de 60 anos e que, dentre de algumas décadas, o número de idosos será superior ao de todos os jovens com até 15 anos de idade.

Dividido em dois eixos (educação e município), o Futuridade prevê a realização de campanhas educativas dentro e fora do espaço escolar a respeito do envelhecimento, a construção e o fortalecimento de uma rede de ações e serviços que os atenda, além da formação permanente de profissionais que lidam com idosos em seu dia-a-dia.

Para mais informações acesse:
http://www.saopaulo.sp.gov.br/trabalhandoporvoce/desenvolvimento-social-futuridade